O impacto que a ACT causa nos terapeutas Cognitivos e nos Comportamentais.

Estava navegando pela web procurando coisas interessantes para ler. Me deparei com um artigo do Prof. Raul Vaz Manzione, um dos nossos professores do Curso Online de Formação em Terapia da Aceitação e Compromisso – ACT, publicado no site Comportese. Aliás, site fantástico! Mas voltando ao artigo…

Ele inicia o artigo falando de uma série de questionamentos que ele se fez ao tomar contato com a ACT. É muito natural aliás! Uma sólida formação Skinneriana e de repente ter que lidar com questões como Mindfulness, Aceitação entre outros.

O texto me fez pensar enquanto Terapeuta Cognitivo como eu lidei com esses mesmos questionamentos . Confesso que ainda estou pensando sobre o assunto. Abaixo segue a introdução do artigo com o link ao final para a página do Comportese.

Boas reflexões!

Frutos diferentes de uma mesma árvore: a ACT como proposta coerente com o Behaviorismo Radical

por: Raul Vaz Manzione

Lembro-me de quando comecei a estudar “essa tal de” Terapia de Aceitação e Compromisso. Eu, que venho de uma educação bastante Skinneriana, me assustei quando vi a Análise do Comportamento falar de “Aceitação”, “Desfusão Cognitiva”, “Mindfulness”, “Valores” e todos esses termos pouco técnicos, termos de nível médio, diferente de quem estava acostumado a falar de reforçamento, estímulo discriminativo, operação motivadora, punição, etc. Cheguei a diversas vezes me questionar, nos meus estudos iniciais: “Isso é mesmo Análise do Comportamento? A ACT é uma proposta Behaviorista Radical? ” São perguntas que, assim como eu já me fiz, muitos analistas do comportamento ainda o fazem e tendem a se afastar da ACT nas primeiras leituras.

As perguntas acima são as que pretendo responder nesse meu primeiro texto para o Comporte-se.

A resposta curta é sim. A resposta longa é sim e não.

Recentemente tive a oportunidade de comparecer ao congresso da ACBS (Association for Contextual Behavioral Science) em Sevilha, na Espanha, dos dias 20 a 25 de junho. Lá eu pude conhecer grandes autores da análise do comportamento internacional como Steven Hayes, Dermot Barnes-Holmes, Carmen Luciano, Kelly Wilson, Robert Kohlenberg, Mavis Tsai, Kirk Strosahl, Robyn Walser, entre outros vários. Reparei que quase que o tempo todo eles se firmavam como Behavioristas, não sendo incomum ouvi-los dizer frases como “Eu sou behaviorista, e por isso acredito que (…)” ou “Como um analista do comportamento, creio que temos que analisar da seguinte forma (…)”. O [agora ex] presidente da ACBS, Daniel “DJ” Moran , em um plenário seu que assisti, falou que ama o trabalho de Skinner e que quase deu o nome para seu filho de Burrhus Frederic (mas sua esposa disse ‘não’). Falou, inclusive, sobre a necessidade de definir ‘Mindfulness’ em termos operantes, analítico-comportamentais e realizou críticas (respeitosas) ao próprio Steven Hayes por seu artigo onde buscou fazer tal definição (Fletcher & Hayes, 2005) Pude ver outros plenários, palestras, simpósios e participar de workshops excelentes e em cada um deles ficava evidente a presença da análise do comportamento no discurso dos palestrantes. Pude perceber, também, que nesse “universo” da ACT e da FAP convivem tanto pesquisadores quanto clínicos e até pessoas que não são analistas do comportamento e que alguns grandes autores da área discordam entre si sobre, por exemplo, o uso dos termos de nível médio e sobre o “hexaflex”, mas acredito ser uma discussão pertinente a um outro texto.

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www.comportese.com/2017/07/frutos-diferentes-de-uma-mesma-arvore-act-como-proposta-coerente-com-o-behaviorismo-radical

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